Bom, o dicionário diz que vaidade é a ideia exageradamente positiva que alguém faz de si próprio, no popular é se achar. A vaidade é , sem dúvida, muito famosa entre os seres humanos. Ela atrai tanto a atenção que até virou pelos grandes pensadores da Igreja Católica pecado capital, estes pensadores pretendiam ajudar os seus seguidores a controlar e educar este instinto. Porém, com a falência das igrejas e dos valores morais, este impulso cresce de forma descontrolada. A moeda válida na era da tecnologia é a admiração. As pessoas viraram mercadorias, que ficam se exibindo em vitrines de ciberespaços com o objetivo de atrair a admiração ou elogios de terceiros, e para satisfazer isto induz os outros a uma estima falsa.
Existem vaidosos de todos os tipos e em todas as camadas sociais, a vaidade não é uma exclusividade dos ricos e nem uma exceção na vida dos pobres. Tem muita gente boa que se acha lindão e não é, ou se acha o mais inteligente e nisto já demonstra a fragilidade de suas capacidades intelectuais. Outros se envaidecem por coisas tão pequenas que até dá pena, basta subir um tijolo na vida e já começam a desprezar os amigos, os parentes e os vizinhos. Algo maior do que o orgulho, e mais nobre do que a vaidade, a modéstia; e algo mais raro que a modéstia é a simplicidade. A humildade é o antídoto para a vaidade, a humildade é o oposto da vaidade. A sabedoria é ser humilde ainda que você tenha boas razões para ser vaidoso, ainda que ocupe os lugares mais altos da pirâmide social. Vaidade é uma característica de que tem orgulho, “ego exagerado” e esta dupla (orgulho/ego) nos impede de tanta coisa. Em nome do orgulho não se pede ajuda, em nome do ego não se arrisca, fica inseguro com a opinião alheia. Sinceramente, sou a favor do extermínio desta dupla. Contudo, conheço pessoas desprovidas de ego e vaidade, que prestam caridade e se ajoelham, mais não conseguem amar a si mesmo. Por isso, a frase fulana é tão vaidosa! Depende da entonação com que for dita, pois pode ser um elogio ou crítica! Porque a vaidade é assim mesmo, dúbia. Ela também possui um lado positivo que nos fortalece a mergulhar em nós mesmo, atrás de forças para cultivar o nosso melhor; e daí nasce a poderosa autoestima que traz a autoconfiança, autorrespeito e autoaceitação. No entanto, a partir de certa dose, o remédio vira veneno; nos faz perder o parâmetro, cometer vacilos e nos impõem cruéis riscos físicos e emocionais, e financeiros. Uma dica para não errar na medida. Cultivar a vaidade que nos faz, se sentir bem perante a gente e não perante os outros.
PS� E para meditar sobre o assunto, o retrato de Dorian Gray, uma homem extremamente narcisista e imerso na vaidade.