Não me venha com incríveis carros do ano, restaurantes badalados, quinquilharias digitais e passaportes cheios de carimbos exóticos. Luxo é ter o tempo e o silêncio que se quer e precisa.
Desculpe-me aquele leitor que define carro como mero veículo. O carro, especialmente para o homem, deve ser considerado como algo além do que um apanhado de ferro desenhado e construído com tecnologia automotiva.
Poucos bens de consumo são tão desejados como o carro próprio. Também são raros os bens de valor tão elevado. Um carro próprio traz inúmeros benefícios para seu proprietário. Comodidade, conforto e praticidade são alguns deles. Sem contar o tal “status”, buscado por muitas pessoas que adquirem um carro novo.
A vida útil de um carro depende de inúmeros fatores e detalhes, entre eles podemos destacar as manutenções e revisões feitas constantemente, a quilometragem, e a forma como se usa o carro.
Certamente
Cuidar de um veículo nos dá grandes aprendizados. É possível, com o passar dos anos, utilizar lições conquistadas com a vida útil do carro na nossa própria realidade.
Fazendo analogia aos relacionamentos interpessoais que como o carro necessitam de manutenção diária, revisões periódicas, a gente também precisa estar atento aos barulhos, ruídos(reclamações) que pode indicar sintomas de que a relação não vai bem.
Tem outra, para quem preza pela longevidade e boa qualidade dos relacionamentos. Algumas pessoas para conseguirmos viver bem como elas tem que cuidar do freio, ou seja, lidar com elas freando, já outras é só uma questão de polimento, calibragem, como também, a gente não pode entubar.
Aquele papo de mulher de que “o carro é extensão da personalidade masculina”, mesmo que clichê e cheio de furos tem suas verdades. Não que a imagem do veículo venha a dizer do caráter.
Mas é o modo como a pessoa admira e mantém o carro que vai, em algum momento, servir como exemplificação de atitudes e argumentos por elas utilizados. Assim, a imagem do seu carro acaba tornando-se uma alternativa para o seu perfil.
A forma como dirigimos pode ser vista como uma representação de nosso funcionamento psicológico, revelando não só escolhas, mas também aspectos reprimidos ou disfarçados de nossa personalidade.
Afinal as pessoas costumam dirigir carros, da mesma forma que dirigem a sua vida.
A experiência é como dirigir um carro no escuro com os faróis para trás. Sabemos tudo que se passou e nada do que virá.