O amor possui um mecanismo biológico que é determinado pelo sistema límbico, centro das emoções, presente somente em mamíferos e talvez também nas aves — a tal ponto que Carl Sagan afirmou que o amor parece ser uma invenção dos mamíferos.
Para o psicólogo Erich Fromm, ao contrário da crença comum de que o amor é algo “fácil de ocorrer” ou espontâneo, ele deve ser aprendido; ao invés de um mero sentimento que acontece, é uma faculdade que deve ser estudada para que possa se desenvolver – pois é uma “arte”, tal como a própria vida. Ele diz: “se quisermos aprender como se ama, devemos proceder do mesmo modo por que agiríamos se quiséssemos aprender qualquer outra arte, seja a música, a pintura, a carpintaria, ou a arte da medicina ou da engenharia“.
Embora seja corrente a máxima “o amor não se define, o amor se vive“, há várias definições para o amor como: a “dedicação absoluta de um ser a outro“, o “afeto ditado por laços de família“, o “sentimento terno ou ardente de uma pessoa por outra” e aqueles em que também se inclui a atração física, tornando-o aplicável também aos animais, um mero “capricho“, as aventuras amorosas, o sentimento transcendental e religioso de adoração, perpassando ao sinônimo de amizade, apego, carinho, etc.
Outros, como André Lázaro, afirmam que “não há dois amores iguais“.Já Leandro Konder diz que o termo amor possui uma “elasticidade impressionante“. Erich Fromm, ainda, ressalta que “O amor é uma atividade, e não um afeto passivo; é um “erguimento” e não uma “queda”. De modo mais geral, o caráter ativo do amor pode ser descrito afirmando-se que o amor, antes de tudo, consiste em dar, e não em receber.“
Como sentimento individual e personalíssimo, traz complexidade por envolver componentes emocionais, cognitivos, comportamentais que são difíceis – ou quase impossíveis – de separar e, no caso do amor romântico, também se insere os componentes eróticos.
O amor romântico, celebrado ao longo dos tempos como um dos mais avassaladores de todos os estados afetivos, serviu de inspiração para algumas das conquistas mais nobres da humanidade; tem o poder de despertar, estimular, perturbar e influenciar o comportamento do indivíduo.
Dos mitos à psicologia, das artes às relações pessoais, da filosofia à religião, o amor é objeto das mais variadas abordagens, na compreensão de seu verdadeiro significado. Desta gama variada de conceitos, os teóricos se dividem na possibilidade de uma conceituação única, que reúna aquelas tantas definições e representações do amor.
A percepção, conceituação e idealização do objeto amado e do amor variam conforme as épocas, os costumes e a cultura. O amor é ponto central de algumas religiões, como no cristianismo onde a expressão Deus é amor.
Não tem como falar de amor sem citar Cristo, o homem que pisou na terra e deixou como principal legado o amor. O Natal não simboliza apenas o seu nascimento, mas celebra a sua doutrina de amor ao próximo, justiça, igualdade, perdão, etc. Nesta comemoração mesmo por alguns instantes as pessoas tentam vencer as suas diferenças.
Eu sei o seguinte: a gente vai para escola passa anos desenvolvendo o pensamento, a inteligência, aprendendo a pensar, a racionalizar, mas, ninguém nos ensina a lidar com o afeto, com o que se sente em relação a algo. O ser humano evolui e muito o intelecto, no entanto, somos retrógrados em relação aos sentimentos, pensamos em demasia mas sentimos muito pouco.
A máxima do Cazuza, eu sou o poeta e não aprendi a amar. Se aplica perfeitamente a mim, talvez porque fico querendo entender o que só se consegue sentir. Espero que o homem do futuro tenha como bússola os seus sentimentos, quem sabe assim ele tenha mais empatia por seu semelhante.
Ps= Amado leitor! Faço votos para que vocês celebrem com muita fé e alegria a celebração do amor( Natal), obrigado, obrigado pelas mensagens de apoio e carinho e parafraseando Charlie Chaplin. Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso. Obrigado por vocês fazerem parte da minha vida.
“O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.” ~ Charles Chaplin, em “O Grande Ditador” (trecho do discurso final)