Nota inicial: Melhor que tomar decisões extremas é meditar serenamente sobre o assunto.
Sempre gostei da mochila, não me apego muito às coisas, até que a gente se encontra e resolve criar raízes. Contudo, enraizar é um perigo, pois algumas vezes, a gente acaba estagnado e, em nome destas raízes: acaba se perdendo, se enrolando, criando corrente.
Foi o que ocorreu comigo, morava no mesmo apartamento há onze anos (gostava de morar lá), porém, a crise gerada pela pandemia me obrigou a sair da zona de conforto e arrumar um novo jeito de viver, sobreviver, tive que ressignificar a minha vida.
Já não andava bem das pernas fazia tempo, em um determinado momento me endividei¹. E a vida me cobrou esta dívida da pior forma possível.
O advogado do caso, com interesses escusos resolveu usar a dívida como argumento, me roubou uma grana, queria levar meu imóvel a leilão, foi horrível! Uma das piores experiências que já tive na vida.
E isso gerou consequências, me enrolei toda, arrumei um problema de estimação. “Passei a despir um santo para cobrir o outro”.
Ai veio à maldita crise ocasionada pela Covid e fui obrigada a tomar decisões, fazer escolhas. Eu tinha que tentar diminuir o impacto financeiro ocasionado pela crise.
Antes eu tinha o apartamento onde eu morava e o escritório, ou seja, duas casas para manter. Foi quando percebi que o que me causava aflição, eram os excessos.
Tudo começou quando decidi descartar alguns objetos, o primeiro foi o tapete, apesar de gostar dele, percebi que não dava mais para mantê-lo, era muito custo.
Aproveitei e me desfiz de todos os excessos, além de doar boa parte do meu guarda-roupa e móveis, me mudei para o escritório “Home Office ao inverso”.
Um local menor e mais barato e especialmente mais bem situado e mais prático do que a minha antiga residência².
Resolvi manter apenas aquilo que é essencial para a minha vida. Em favor de me concentrar no que é importante, me tornei minimalista.
👉🏻👉🏿https://www.becomingminimalist.com
¹ Existem coisas que não se acumulam na vida: Uma é louça suja, e a outra é dívida.
² Às vezes, não sabemos o peso das coisas até que nos livramos dela.
Nota♥ Às vezes, temos que voltar para encontrar o caminho certo. Do mesmo modo, para que as coisas voltem para a gente, de vez em quando, é preciso dar uns passos para trás, fazer uma pausa, respirar, ressignificar e só depois retomar o caminho e recomeçar, com impulso e fôlego … pra ir muito mais longe do que imaginamos possível hoje…
Lembre-se♣ Hábitos criam destinos.