Esteja atento à sua auto conversa; é uma conversa com o universo.” – David James Lees
Eu adoro essa expressão, mergulhar de ponta, (se jogar de cabeça). Talvez tenha a ver com a minha atração caiçara pela água( peixes com ascendente em câncer), talvez seja a intensidade que isso traz.
Claro que nem todas as situações cabe esse tipo de mergulho. Imagina se jogar de cabeça em uma piscina vazia? Ou com água rasa? Péssima ideia.
Analogia à parte, mas tanto na vida, como na água é importante ter inteligência para avaliar a profundidade da água em que se mergulha.
É preciso avaliar se o destino do mergulho tem profundidade suficiente para nos comportar. Do contrário é pular no vazio pra fugir, existindo a possibilidade de sair bastante machucado.
Contudo, existem pessoas que preferem entrar na água e nas situações devagarzinho, colocar o pé, depois a perna, ir entrando na água aos poucos.
Tudo bem se esse for o seu estilo, é gostoso também ir com mais calma.
Mas às vezes, é preciso coragem de mergulhar de ponta e se dedicar totalmente. Deixar de conjunções adversativas , sair de cima do muro, da imparcialidade bancar a aposta.
E arriscar. Quedando-se profundamente imerso em quem somos e em nossos desejos mais sinceros de ser. E abraçar tudo que vem com essa decisão.
E tem outra: quando a gente mergulha de cabeça emergimos com mais facilidade, e igualmente é uma decisão que não tem volta, pulou e pronto.
Pode ser assustadora a ideia de não poder voltar atrás, eu sei, mas é exatamente essa sensação que faz a gente ir pra frente inteiro.
Para concluir: Sinceramente não gosto do raso,de água pela canela. Como também não perco tempo me envolvendo com pessoas rasas.
Particularmente, eu gosto do profundo…Ou mergulho até encontrar o reino submerso de Atlântida, ou fico à margem, espiando de fora.
Por isso, como diz Anieli Talon. “Enquanto houver gente rasa, meu mergulho é solo, profundo e nu. Não há nada mais desbravador que eu mesma em contato com meu oceano”.
Nota de rodapé emocional📡Podemos ser mais. Podemos ser menos. Mas, mais ou menos, NUNCA. Como diz Chico Xavier. “A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos. A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro. A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos…TUDO BEM! O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum… é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos. Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos”.
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