Prelúdio “Estamos sempre culpando as outras pessoas ou situações para justificar os nossos conflitos, mas devemos assumir que o que está ao nosso redor é um espelho que apenas reflete como estamos por dentro.”
Outro dia, tive uma reação que não entendi muito bem! Viajei para o interior a fim de visitar uma grande amiga e participar de um evento que ocorria na sua cidade. Contudo, logo que cheguei a casa dela dei um chilique!
A casa estava cheia e eu queria saber onde iria dormir? Ninguém entendeu a minha atitude, aliás, nem eu. Até que percebi o que havia feito, me desculpei, porém depois fiquei enjoada, chata!
E no dia seguinte, passei muito mal! Vomitei horrores. As pessoas perceberam que algo estava ocorrendo, que eu estava diferente.
Tentei justificar a minha postura com enfrentamento de algumas questões pessoais e uma forte crise de alergia.
Mas, eu sabia que não era isso, que estava acontecendo alguma coisa, e decidi investigar e entender o que estava ocorrendo comigo, a causa e o efeito da minha reação.
Foi quando recordei que a minha amiga havia hospedado, em sua casa, uma mulher da “pá virada”. Que eu não tinha um bom relacionamento, o tipo de pessoa que prefiro me manter distante.
E dali em diante, passei a recusar todos os convites da minha amiga. Até que pressionada por todos, para ir a um festival que ocorreria na localidade, decidi aceitar.
Contudo, um dia antes da viagem decidi ter uma conversa com a minha amiga, abri o meu coração: E disse a ela que apesar de ter muito respeito pelas escolhas e amigos que ela possuía, não queria a convivência com a “dita-cuja” que decidiu passar a residir na município.
Sabe o que minha amiga me respondeu? Que eu era ¹“azeitinho , que eu precisava aprender a conviver com as diferenças e todas as situações, blá-blá-blá.
Fiquei cá a pensar com os meus botões: Uma coisa é ter uma convivência pacífica e tentar não julgar e respeitar comportamentos controvertidos de certos indivíduos.
Outra é virar coleguinha e ter intimidade. Tenho maior respeito pelas pessoas, mas, deliberadamente opto por não conviver com pessoas tóxicas, que não gera uma boa “vibe” na gente.
Além do mais, continuei matutando o assunto, e ponderei que é muito difícil suprimir o tipo de educação que tivemos. No meu caso sou filha de um policial e cresci ouvindo do meu falecido pai, histórias dos seus plantões na delegacia, do que certas amizades podem fazer.
Aliás, sou advogada criminalista e vi de perto que muita gente vai parar atrás do sistema carcerário por causa de certas amizades. É o que o meu saudoso pai sempre repetia. “Quem se mistura com porcos, farelo come”.
Por fim, cheguei à seguinte conclusão: que a maioria das pessoas (incluindo eu), tem interesse em ir para o interior, em se aventurar no exterior em viagens alargadoras de fronteiras, de conhecer coisas e situações diferentes. Sair da rotina, contemplar novas paisagens.
Numa espécie de busca pelo bem-estar, pela plenitude, por um sentido para a vida; por algo, enfim, que acalme o espírito e traga paz interior.
Contudo, percebo que a maior parte dos indivíduos não possui a curiosidade em fazer uma viagem interior de autoconhecimento, entender as suas ações e reações, de olhar para dentro de si, observar o seu próprio interior, de conhecer a si mesmo.
De se observar, decifrar sentimentos e pensamentos. Com essa falta de observação o nosso âmago vai virando uma choça, pardieiro que a gente nem visita, só lembra que tem e nisso vamos acumulando excessos desnecessários.
Perceber-se deve ser uma prática constante! Analisar as diferenças habituais no cotidiano é chave para a busca de soluções comportamentais que previnam os excessos.
Não se trata de ignorar nossos sentimentos nem de deixá-los nos controlar, mas de saber identificá-los, interpretá-los e controlar sua intensidade para agir de forma correta.
Além do mais, não podemos cuidar das nossas emoções apenas quando estão transbordando. Basta perceber que em outras áreas de nossas vidas, não fazemos dessa forma, ou pelo menos também não deveríamos fazer.
Por exemplo, você toma banho todos os dias ou apenas quando está muito sujo? Você escova os dentes ao acordar? Penteia ou arruma os cabelos diariamente ou só uma vez por mês? Veste roupas limpas ou lava de dois em dois meses?
Assim, também será com a higienização mental contra pensamentos destrutivos, medo, ansiedade e outros.
A higiene mental é, portanto, essencial para que a pessoa esteja em equilíbrio e interaja de forma saudável com os outros e com as circunstâncias da vida. Assim como
precisamos cuidar do nosso corpo, precisamos também cuidar da nossa mente, para mantermos um melhor equilíbrio e qualidade de vida.
O que me lembra uma pertinente frase de Carl Jung que diz “Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”.
Autocuidar-se não vai modificar os seu passado, e nem o presente, mas irá fazer uma diferença grande com o seu futuro.
Dica Importante 📣Segundo a teoria do escritor americano Jim Rohn, nós somos a média das cinco pessoas com quem passamos mais tempo. Em outras palavras, o meio em que vivemos inevitavelmente influencia nossas ações, pensamentos e sentimentos, e isso reflete em todas as áreas da vida: pessoal e profissional, com essa dica tome cuidado com as pessoas que você põem ao seu lado.
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