“O sentido da vida é encontrar o seu dom. O propósito da vida é compartilhá-lo.” Pablo Picasso
Percebo que com o novo contexto tecnológico e social no qual vivemos pouco a pouco o ser humano se transforma no homem de vidro, cada dia mais transparente: expondo a sua vida privada, mas tentando esconder à pública.
Estamos na era do compartilhamento, que foi revolucionada pela tecnologia e pelas novas formas de se comunicar, um período em que o valor está em distribuir, em coparticipar, em tornar público o que se pensa o que se faz o que se lê o que se vê e até o que se come ou o lugar onde se está.
Afinal, o compartilhamento de ideias e conhecimentos é o grande responsável pelo desenvolvimento humano. Basta observar a proposta da passagem pela Terra dos grandes Avatares, á titulo de exemplo cito: Cristo e Platão, qual foi à proposta deles? Não foi compartilhar? Passar adiante as suas ideias? Visão de vida? Conhecimento?
Vou além, ao partilhar, passar adiante o seu conhecimento é como se esses Avatares preparasse o terreno pro o outro plantar, disseminar suas ideias. Sendo oportuno, lembrar que o conhecimento compartilhado não se perde, ele se aprimora com o passar do tempo.
O que teria sido da humanidade se se o Zacharias Jansen tivesse guardado a descoberta do microscópio para si – por vez, primitivo, mas hoje altamente especializado.
Ou, Thomas Edison não tivesse compartilhado seu conhecimento sobre a lâmpada Não é por menos, que as lâmpadas, hoje de LED são 80% mais econômicas que as primeiras de Thomas Edison. Tudo isso foi aprimorado, mas antes foi compartilhado.
Por fim, cheguei a seguinte conclusão: Acredito que a proposta do ser humano não é muito diferente dos grandes Avatares, por menor que seja a participação, o nosso maior propósito não é compartilhar? Passar adiante? Começa pela Genética.
Ao procriar e deixar prole, o que o homem faz? Não é passar adiante seus genes? Que através da hereditariedade vai sendo compartilhada de geração em geração.
E nossos antepassados? Eles não passam adiante seus bens materiais e imateriais? Compartilham conosco a sua percepção de vida. Não só eles, familiares e professores , mas todas as pessoas que passam na nossa vida, não deixa um pouco de si e leva um pouco de nós? De nossos valores? De quem somos. E no final acredito, é apenas isso que fica, que vai com o outro
Do mesmo modo, todos, somos capazes de “iluminar” o mundo, independente de nossos conhecimentos técnicos. Que possamos juntar nossas forças com as experiências e o conhecimento adquirido e colocá-lo em prática a serviço de um mundo melhor.
Criando um Universo mais flexível, dinâmico e acessível com foco em um objetivo comum e que tem o compartilhamento como sua maior marca. Que incentiva os indivíduos a compartilhar seus saberes particulares, suas experiências e os resultados que geraram avanços e mudanças e, com isso pode potencializar uma nova forma de pensar e construir conhecimento.
Enfim, aprender com o outro aprimora a habilidade de “aprender a aprender” e aprender por toda a vida. Compartilhar o que sabe é causar um impacto positivo que só tende a melhorar a vida das pessoas. Responda para si: de que vale o conhecimento sem compartilhá-lo? De que vale o seu saber, sem transformar a vida das pessoas ao seu redor? Ou de fazer do mundo um lugar melhor.
E parafraseando Cora Carolina: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
Anotação final📣 Existe um ditado chinês que diz: “Se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando um pão, e, ao se encontrarem, eles trocam os pães, cada homem vai embora com um. Porém, se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando uma ideia, e, ao se encontrarem, eles trocam as ideias, cada homem vai embora com duas. Sempre que possível troque ideias, elas esclarecem, acrescentam, ajudam e evoluem… Ainda que você não precise, servirão para o outro”.
Receituário.📚 O mundo e o tempo são grandes mestres. Precisamos aprender com eles, mas, também precisamos desaprender.
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