O Super Homem é um personagem cheio de super poderes: forte, voa, corre muito, etc. E tal. Porém, não sinto a menor admiração por ele,  vencer com dons especiais é mole, eu quero ver vencer as lutas diárias sem super poderes! Sendo apenas humano, possuindo todas as fraquezas de sua espécie.

Quem me causa admiração mesmo são os ambulantes (rua, praia, trem, etc..), tenho eles como símbolo.   Olho para eles como se fossem “Gigantes”, me sinto uma formiguinha  perto deles. Pois apesar deles não possuírem Super Poderes caminham com maestria na corda bamba da vida. Com ânimo, disposição, e por que não criando? Afinal,  arrumar um jeito de sobreviver, não é criar?

Mas, o que eu mais aprecio nos ambulantes, é a capacidade de seguir em frente sem ter com quem contar, só eles mesmos. E o mais legal! É que mesmo frente a todas as dificuldades, eles sempre mantêm um sorriso.

E quando sou tomada por sentimentos de desânimo e cansaço. Eles me fazem refletir que se a gente não se policiar, acaba virando um Blues da Piedade – Cazuza. “Pessoa de alma bem pequena. Que fica remoendo pequenos problemas, querendo aquilo que não tem”.  Se esquece do que Chaplin já dizia. “O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim”.

    A natureza nos faz diferente para que cada um de nós aprenda a valorizar o seu próprio modo de ser. Cléber Galhardi no livro Eu sou Assim