O que é a Psicologia Inversa ou Reversa?

10 dicas para dominar a psicologia reversa e conseguir o que ...

O que é a Psicologia Inversa ou Reversa? Funciona?

por Professor Felipe de Souza | Psicologia

A psicologia inversa – como costumamos chamar aqui no Brasil – ou psicologia reversa (reverse psychology) é o resultado comportamental de um diálogo ou comunicação no qual uma pessoa faz o oposto do que é sugerido. 

Olá amigos!

A psicologia reversa ou psicologia inversa é bastante conhecida em alguns meios, como a publicidade, embora seja pouco conhecida nas faculdades de psicologia, até porque os seus resultados são questionáveis. A psicologia inversa – como costumamos chamar aqui no Brasil – ou psicologia reversa (reverse psychology) é o resultado comportamental de um diálogo ou comunicação no qual uma pessoa faz o oposto do que é sugerido, ou seja, a psicologia inversa  acontece quando se convence alguém sugerindo que faça o oposto do desejado.

Por exemplo, em um dos episódios do Simpson, o personagem Homer conversa consigo mesmo:

Cérebro do Homer: “Você não entendeu? Você tem que usar a psicologia inversa!”

Homer: “Isto parece muito complicado”.

Cérebro do Homer: “Ok. Não use a psicologia inversa!”

Homer: “Tudo bem. É isto mesmo o que eu vou fazer”

Como vemos, na psicologia inversa a pessoa faz o oposto do que é solicitado. Um exemplo, também muito utilizado é:

“Não pense em um elefante”.

A maioria das pessoas vai pensar em um elefante. Isto porque para não ter que pensar em algo, nós temos primeiro que pensar, para depois não pensar. Nesse sentido, provocar o comportamento de pensar em algo solicitando que a outra pessoa não pense, é mais simples e fácil do que utilizar a psicologia inversa para que a pessoa faça algo. Ou seja, quando dizemos para alguém “não faça isso”, não significa que ela vai, deliberadamente, fazer.

Porém, certos indivíduos do contra e que tem conflitos com autoridade podem vir a fazer. E é isto o que torna a psicologia inversa, curiosamente, uma possível técnica – ainda que incerta em seus resultados – dentro da psicologia e de áreas afins.

O que é a psicologia reversa ou psicologia inversa

O significado de psicologia reversa ou psicologia inversa é idêntico. Por isso, a partir daqui, falaremos sempre em psicologia inversa e vamos procurar dar uma definição mais precisa do termo. Jack Brehm, Phd. em Psicologia, elaborou o conceito de reatância psicologia para explicar porque certas pessoas se recusam a ser persuadidas a fazer algo.

Uma pessoa com forte reatância psicológica vai negar tudo o que for solicitado a fazer, acreditando que fazer o que o outro manda ou sugere está ferindo a sua liberdade individual para ir e vir. Ou seja, são pessoas resistentes à persuasão. Em casos extremos, a reatância psicológica vai provocar atos de contestação, até ilegais, para ir contra uma posição que a pessoa considera ameaçadora. Assim, a reatância psicológica também explica uma série de comportamentos, individuais e grupais, de resistência política.

Geladeira à Vapor: Psicologia Reversa

Mas voltando ao nosso tema, a psicologia inversa é aplicada para fazer com que alguém utilize a reatância psicológica a favor de quem está dando a ordem ou solicitação. Ao criar um pedido oposto ao pedido desejado, a pessoa que reage contra, vai estar reagindo a favor do que é realmente desejado que ela faça.

Por exemplo:

O desejo do pedido: que a pessoa não pise na grama

Psicologia inversa: pise na grama

Resultado: a pessoa não pisa na grama.

pise-na-grama

Interação paradoxal na psicologia e no Coaching

Quem conhece o conceito de interação paradoxal talvez tenha associado esta forma de intervenção com a psicologia inversa. A interação paradoxal é utilizada na psicologia familiar  sistêmica, na PNL e também na hipnose e, mais recentemente, no Coaching.  No livro “O efeito porco-espinho: Os segredos de se construir equipes de alto desempenho”, encontramos a definição e os exemplos a seguir:

“A intervenção paradoxal envolve a prescrição do mesmo sintoma (comportamento involuntário) que o cliente deseja erradicar. Trata-se de um conceito complexo geralmente comparado à psicologia reversa. Por exemplo: um cliente teme o fracasso, então o coach pede a ele que fracasse em alguma coisa; um determinado indivíduo tem problemas com a procrastinação, então o coach sugere a ele que programe uma hora por dia para procastinar. E assim por diante.

Persuasão: 100. : patopapao

O princípio por trás de tudo isso é o de que sempre adotamos comportamentos específicos por alguma razão – tipicamente, a de atender a uma necessidade pessoal (de protestar, de obter atenção, de ser ajudado etc). Se um comportamento é involuntário, a obrigação de adotá-lo significa que ele passará a ser controlado e, portanto, passará a ser voluntário”.

10 dicas para dominar a psicologia reversa e conseguir o que ...

É uma técnica interessante, mas, assim como a psicologia inversa, deve ser usada com cuidado e com parcimônia. Um outro exemplo é de alguém que quer parar de comer chocolates. Um terapeuta utilizando a PNL pode solicitar para que ela coma chocolates o máximo que conseguir e sem parar, durante todo o tempo de um seminário de 20 horas durante um final de semana. Ao final, a pessoa provavelmente estará enojada pelo excesso e parará de comer chocolates, embora também esteja em uso a extinção por aversão – que, por sua vez, não é das mais eficazes.

Mas é interessante notar que, uma pessoa quando está de regime, fica o tempo todo em um discurso para si mesma na qual diz:

“Eu não posso comer chocolates”.

“Eu não posso comer doces”

“Eu não posso comer massas” e etc.

Paradoxalmente, ao dizer que não podemos comer algo, já sentimos vontade de comer, não é mesmo? Por isso, em alguns casos, a psicologia inversa ou a interação paradoxal pode funcionar.

Conclusão

Quem procura o tema da psicologia inversa pode estar querendo utilizá-la para manipular alguém, seja um namorado ou um filho ou filha. Ao ver na prática que dizer para o outro o que fazer não funciona da maneira esperada, e ao notar que algumas vezes dizer o oposto funciona mais do que dizer o que deseja, pode-ser colocar confiança demais neste tipo de intervenção que, no longo prazo, não vai se sustentar.

Como o namorado que pede que a namorada não mais lhe mande mensagens pelo celular e ela começa a mandar cada vez mais com este pedido. Ou seja, o namorado nota que ao solicitar que ela pare de enviar mensagens (especialmente quando estão brigando) funciona mais do que pedir para ela mandar. Entretanto, com o tempo, o feitiço pode virar contra o feiticeiro, ou seja, ela pode realmente parar de mandar as mensagens mesmo quando não estão brigando.

Na educação infantil, seria caótico se toda solicitação fosse paradoxal, se fosse colocada de ponta cabeça e ficasse invertida:

“Não faça sua tarefa de casa”,

“Não tome banho”,

“Não seja educado com os outros”.

Fica evidente que se dissermos isto muitas vezes para uma criança, ela poderia até agir como uma pessoa “do contra”, mas o que aconteceria quando o correto fosse solicitado? Como se ela pensasse: “não pise na grama” ou “pise na grama” qual é o correto do inverso do contrário do que eu devo fazer?

Além disso, é óbvio que as solicitações paradoxais da psicologia inversa não vão funcionar com comportamentos considerados desagradáveis. Por exemplo, ao solicitar para um filho adolescente: “Você não vai arrumar o seu guarda-roupa”, a resposta provavelmente será “Ok. Eu não ia arrumar mesmo”. Ou se passarmos a ordem: “Você está proibido de estudar matemática”… o que você acha que aconteceria?

Deste modo, em pouquíssimos casos a psicologia inversa é uma técnica útil e confiável. De modo que a recomendação que se tem é como no diálogo do Homer: “não use a psicologia inversa”. “Você está proibido de usar a psicologia inversa daqui por diante”.

Fonte:www.psicologiamsn.com 

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