Reconstruindo hábitos

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O filósofo Baruch Spinoza disse certa vez que todas as coisas querem persistir no seu Ser. “A pedra quer ser sempre pedra.

.Pelo menos duas vezes por ano, gosto de fazer  um Upgrade na minha casa, me desfaço de tudo que não serve mais, mudo a posição dos móveis e assim por diante. 

Da última vez,  por uma questão de praticidade  tirei um móvel que estava no mesmo cômodo há anos,  resolvi  colocar em outro lugar. Porém, o processo de adaptação não foi simples, todas as vezes que precisava usar  o móvel buscava  no antigo aposento.

Foi quando pensei, será que a maioria de nossas ações não é fruto do hábito? Que na maioria das vezes são involuntários por um exercício contínuo de sempre fazer a mesma coisa.

Uma vez que adquirimos uma rotina de sentar no sofá em vez de sair para correr, por exemplo, esses padrões continuam para sempre dentro da nossa cabeça.

A mesma coisa acontece com a alimentação, a gente não pretende comer fast-food regularmente. O que acontece é que um padrão de uma vez por mês lentamente se torna uma vez por semana, e então duas vezes por semana e acaba virando um hábito.

Outrossim, é com a bebida, no início é o Happy hour, o chopinho do fim de semana e se a pessoa não se policiar os drinques se tornam uma rotina, um círculo vicioso.

Aliás, hábito é sinônimo de vicio, mania, rotina, costume. Ou seja, coisas inocentes como comida, trabalho ou compras podem se tornar vícios tão fortes quanto as drogas ou o álcool.

Em comum, apenas uma certeza: normalmente, são atividades prazerosas que ensejam a dependência. O que não é difícil de entender: se não sentíssemos certa satisfação em comer, por que iríamos nos alimentar?

Mas, em que consiste esse prazer, que às vezes pode ser tão pernicioso?Os bioquímicos têm uma teoria interessante para responder a essa pergunta, graças à descoberta da endorfina, um hormônio segregado no tecido cerebral capaz de gerar efeitos euforizantes parecidos com os das drogas.

Segundo os cientistas os hábitos são  sequências de ações aprendidas depois de muita repetição, até que passam a ser executadas com o mínimo de esforço mental, eis que o cérebro está o tempo todo procurando maneiras de poupar esforço.

Toda vez que alguém cria um novo hábito, ele se torna tão automático quanto o antigo e prejudicial. A gente não pode eliminar um velho hábito,  só pode mudá-lo, substituí-lo por uma nova ação daquilo que era um hábito.

Há ainda, segundo Duhigg, os chamados “hábitos mestres”, capazes de desencadear uma série de reações no modo da pessoa organizar sua própria vida. Um bom exemplo de um hábito mestre é o exercício físico. “Quando as pessoas começam a se exercitar regularmente, começam a mudar outros comportamentos que não estão relacionados à atividade física. Passam a comer melhor e a levantar da cama mais cedo. Fumam menos e se tornam mais pacientes. (…) Não está completamente claro porque isso ocorre, mas está provado que exercício é um hábito mestre, que propaga mudanças em todos os aspectos da vida.”

A premissa de que velhos hábitos são difíceis de serem modificados. Não é absoluta, eis que todo hábito, por mais que seja sua complexidade, pode ser modificado.

Os alcoólatras mais viciados podem ficar sóbrios. As empresas mais disfuncionais podem se transformar. Um menino que largou o ensino médio pode se tornar um gerente bem-sucedido.

O que podemos fazer para combater esses hábitos é criar novas rotinas que sejam mais poderosas que esses antigos comportamentos. Para modificar um hábito, primeiro a gente precisa decidir mudá-lo. Deve aceitar conscientemente a dura tarefa de identificar as deixas e recompensas que impulsionam as rotinas do hábito e encontrar alternativas.

Às vezes a mudança leva um bom tempo. Às vezes exige uma série de experimentos e fracassos. Mas, uma vez que a gente entende como um hábito funciona, que diagnostica a deixa, a rotina e a recompensa a gente  ganha poder sobre ele.

Mudar qualquer hábito exige determinação. Ninguém vai parar de fumar simplesmente porque desenhou um esboço do loop do hábito. Entender as deixas e os anseios que impulsionam hábitos não vai fazer com que eles desapareçam de repente, mas, vai fornecer um meio de planejar como mudar o padrão.

Palavra de ordem♣ Encontrar uma rotina alternativa, pois um hábito não pode ser erradicado, apenas substituído. Renove 1 hábito.

 

As coisas mudam, mas seus modelos são eternos.

Platão

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9 pensou em “Reconstruindo hábitos

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